Ortografia

O vocábulo “ortografia” deriva dos radicais gregos – orto = certo, correto, justo, exato e grafia = escrita, e constitui a parte da gramática que se ocupa da grafia correta das palavras. Ela, por ser fruto de convenções oriundas de acordos ortográficos decorrentes dos diversos países nos quais a Língua Portuguesa é oficial, manifesta-se mediante padrões convencionais pré-estabelecidos, obedecendo a critérios etimológicos (relacionados à origem das palavras) e fonológicos (relacionados aos fonemas representados).

A título de informação, há que se ressaltar acerca da existência de duas ortografias oficiais – a lusitana e a brasileira, fato considerado prejudicial para a unidade intercontinental do idioma e para seu prestígio de forma global, envolvendo todo o mundo. Desta feita, o primeiro foi aprovado em 1931, contudo considerado sem êxito, haja vista que o objetivo era promover a unificação dos dois sistemas ortográficos. Subsequentes a este houve o de 1943, 1945, 1971 no Brasil e 1973 em Portugal, e o de 1975, embora não tenha sido oficialmente aprovado por razões de ordem política. Em meio a tantas incoerências, aconteceu em 1986, no Rio de Janeiro, um encontro de todos os representantes dos países lusófonos, ficando estabelecido o Novo Acordo Ortográfico de 1986, também inviabilizado.

Em 1º de janeiro de 2009, começou a vigorar outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos, estudadas posteriormente. Uma delas, relacionadas a questões ortográficas, foi a junção das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial. Sendo este assim representado:

A – B – C – D – E – F – G – H – I – J – K – L – M – N – O – P – Q – R – S – T – U – V – W – X – Y – Z

Mediante tais pressupostos, torna-se relevante mencionar que o ato de grafar corretamente as palavras significa tão somente adequar-se a estes padrões estabelecidos por lei. Tal adequação representa um processo que se desenvolve de forma paulatina, por meio do contato frequente com essas mesmas palavras. Procedimento este representado pelo hábito da leitura, a prática da escrita e pelas recorrentes consultas ao dicionário, no intento de esclarecer possíveis questionamentos no que concerne a este ou àquele vocábulo ora em evidência. 


Assim sendo, nessa seção o usuário poderá conferir a maneira correta pela qual se grafa uma infinidade de vocábulos existentes no sistema linguístico, tendo em vista os traços que lhes são peculiares, efetivamente manifestados entre sons e letras e suas respectivas relações de semelhança e materializados pela grafia e a pronúncia, como é o caso da homonímia, paronímia e polissemia.